quinta-feira, 30 de abril de 2009

Uma prosa, às quintas...

Os Jardins de Giverny- Monet
Marco o tempo pelos abismos que contorno. Não tenho margens. Não teço arrodeios. Meus pensamentos me esporeiam. Sou sua montaria. Sete anos, sete adagas, sete vidas, todas gastas em permanecer. Vivo, mas é circunstancial. Atravesso longos desertos enquanto a areia da memória varre todas as intenções. Por entre horas calcinadas cultivo o jardim avesso de minha salvação. No que fui, não me reconheço. Do que sou, apenas nomeio distâncias...

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