sexta-feira, 1 de maio de 2009

A forma do protesto

A defesa dos direitos de um grupo, ou povo, é algo complicado. Até onde um atentado terrorista é legitimo( ?). Já vi gente bater palmas para as mortes dos turistas no World Trade Center. Ou dar razão aos dois lados na disputa entre Israel e Palestinos. Aqui, no Brasil, frequentemente, o MST invade sede do Incra, bota foice no pescoço de funcionário e não há punição.
Agora, em Feira, os estudantes, protestando contra o preço da passagem, atiraram tomates e picharam a sede do Sincol e muitos acharam a atitude errada. Em outra ação obrigaram motoristas dos ônibus a transportar passageiros de graça. Imaginando que motoristas não desejavam fazer isso por livre e espontanea vontade certamente tiveram de ser coagidos. Não deve ter sido uma conversa amena. Estudantes coagindo trabalhadores é algo completamente inimaginavel.
A revolta contra o preço da passagem é natural, o movimento estudantil é salutar e justo, mas é preciso ter-se muito cuidado com os limites de um protesto. A sociedade se legitima quando a busca do direito individual não é feito violando o direito alheio....

2 comentários:

  1. Meu Caro, voce não está totalmente errado, mas tudo que colocou é relativo, é a sua visão, de onde voce está. É justo invadir o país dos ouros e matar milhares e milhares de pessoas por motivos, principalmente, comerciais; é justo um confronto de forças desproporcionais que quando se encontram em combates , de um lado morrem quatro, cinco e do outro morrem 30, 40; É justo uma sociedade com mais de um século de república ter um nível de concentração de renda como o nosso, dando muitos benefícios para poucos e abandonando na miséria a maioria do seu povo.
    As atitudes desses estudantes, provavelmente não são louvaveis, no entanto, temos que ter cuidado com nossas opinões, principalmente quando só enchergamos das nossas poltronas saboriando um verdadeiro Grand Cru harmonizado, talvez, com um belo corte de carne...

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  2. Meu caro Ayrton

    Não validei exploração comercial como justa, mas questionei qual o limite de uma reação, quando envolve terceiros como vitimas. Entre os tomates e a coação, prefiro os tomates. Não acho o Brasil justo, mas, para ter o mesmo cuidado com a opinião, não estabeleça que o senso de justiça, ou de analise, de alguém, é inexistente só porque ele esta saboreando um bom Grand Cru harmonizado com carne. Afinal, até Lula aprecia um Romanee-Conti.. Hum, pensando bem, vc me deu uma ideia de nova cota...

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