quarta-feira, 3 de junho de 2009

Greve

O Curso de Medicina, da UEFS, tem 9740h, das quais, 4000h , só de internato, em tempo integral. Só o internato corresponde a um curso de graduação de 4 anos, na área de saúde.
Dos 57 professores atuais, 7 tem apenas carga horária parcial no curso. Seis estão afastados por problema de saúde, licença gestante, doutorado, pós-doc. Destes, aproximadamente seis, não exercem atividade médica. Enfim, imaginar que esta quantidade restante é suficiente, e ainda tem folga, é apenas desconhecimento, ou nossa velha, velha, maneira de julgar todos errados.
Agora, o estado está fazendo seleção e concurso para 17 vagas, que, esperamos, solucione, os nossos problemas. O curso de Itabuna, ao ser reconhecido, tinha 89 professores, o que, se estima seja uma média das necessidades de um Curso Médico.
Para o futuro teremos de substituir os REDAS por concurso, pois leva tempo treinar, qualificar, dar ao professor o domínio de uma metodologia nova. E, em seguida, perdê-lo... È trabalho que virá por aí..
Ainda, no futuro, e esperamos o apoio dos politicos, teremos de evoluir para um espaço acadêmico, um Serviço Ambulatorial Universitário ( em fase de projeto arquitetonico) e a qualificação do D.Pedro/Hosp da Criança, Rede Básica ( todos parceiros atuais da UEFS) e, especialmente o HGCA como unidade com " politica de ensino".
O Curso de Medicina já produziu mudanças importantes no perfil médico da cidade, com uma série de profissionais investindo em Mestrado/Doutorado. Agora mesmo a UEFS vai ser a referência Nordeste em dois projetos nacionais do CNPQ, através da Dra Ana Mayra, em Sindrome Metabólica e Obesidade. São projetos que o CNPQ está alocando sete milhões ( não na uefs, entendam) para pesquisa.
Enfim, temos dificuldades pela lentidão do fornecimento de professores pelo estado, o que gera problemas, mas temos avanços importantes e muito trabalho pela frente, para consolidar esta politica de formação de recursos na área de saúde.

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